OBSERVAÇÕES FAMÍLIA 1

Pe. Aldino Aloysio Barth

Na oitava década da vida observo que a gratuidade de tudo é o segredo da vida. Tudo o que é pago, se torna vinculativo. Até o morto dez anos ainda cobram débitos atrasados para os seres vivos, seus herdeiros são chamados a responder. O mundo se cobra de toda sorte e sem perdão, nem misericórdia. Observei que o amor sem gratuidade morre, conforme o folego. Também observei que o amor humano é constituído por muitos interesses, e quando estes interesses terminam, termina com tudo. O amor gratuito é a parte de Deus no amor. E ele não subsiste no mundo sem uma pessoa de todo o dia. Morre rápida toda união de casais, com fundamento nos bens de um e de outro. Hoje percebo há mais interesse da união de um homem com uma mulher, como desfazer, do que como unir. E nasce morrendo. Os que não amam, não terão recurso para aas necessidades próprias advindas com a idade e demanda da caridade de terceiros. E estes diminuem, na medida em que nada é dito a respeito. A pobreza, a obediência e castidade construíram as gerações de séculos e foram capazes de sustentar os doentes e descuidados de um governo, que até nem existia ainda. Mas, pessoas que deram sua vida e viram além do pix, a virtude de dar sua vida a família e gerações, é que fizeram a história. Os usuários de fama, riqueza e vaidade, terminam nas mãos da gratuidade, que lhe ajudam os serviços mais existenciais de seus dias. Estes que vivem assim, pobres, obedientes e castos são chamados de loucos, mas o mundo necessita de loucos, que se pareçam, com seu Senhor que lhes inspira. A fecundidade da vida se dá pela gratuidade da vida. As pessoas que ao longo dos anos são marcados pelos gestos gratuitos de ajudas, de serviços, de doações de cosais e bens, de tempo e de vida dada de graça aos necessitados. O amor é a gratuidade de que é capaz. A família é um caminho de gratuidade.

Parabéns, Pais. Parabéns família pelo pai, um abraço e saúde. Na missa nos encontramos.